(*˘︶˘*).｡.:*♡ it has made me better loving you ... it has made me wiser, and easier, and brighter.

Ela estava se casando. Aos vinte anos. Após namorar Shin por cinco anos. Cinco anos maravilhosos. Era difícil não chorar enquanto pensava no quanto o amava, mas ela se mantinha firme para não estragar a maquiagem. Estava sendo arrumada na companhia de suas amigas, de Mirai e da irmã mais velha dela. Que ela considerava mais amigas de Shin do que dela mesma. Mas não era relevante. Estava feliz. Completamente feliz. Estúpida e cegamente feliz. E achava que nunca seria tão feliz quanto naquele dia.

Então, ir para o salão de festas pareceu um borrão. Shin a acharia bonita? Ele ainda queria se casar? Estaria mesmo a esperando no altar? Focou-se na própria respiração, evitando olhar para os sogros e para a própria mãe e irmã. Por motivos completamente diferentes, claro. Enquanto de um lado encontraria afeto, talvez até por ela, do outro encontraria amargura. Ao menos seus irmãos pareciam felizes por ela, assim como suas cunhadas.

Quando Shin segurou sua mão, deixou escapar um suspirinho baixo. Era dele. Era tão dele que lhe doía as vísceras… se ele soubesse. É claro que, naquele momento, ele devia saber. Shin fora seu primeiro amor. Não sua primeira paixão, mas fora o único garoto que ela amara e vira o garoto se transformar em um homem que em nada a havia desapontado.

A cerimônia parecia… desimportante. Para dizer o mínimo. Ela queria, ansiosamente, ser a esposa dele. Queria ouvir o que ele tinha a dizer e não o juiz. Em algum momento, ela deixou um sussurro discreto sair por seus lábios apenas para dizer o quanto ele estava lindo. E que o amava. Até que, finalmente, havia chegado o momento dos votos. E ela não tinha certeza se conseguiria dizer, de improviso, tudo que queria. Devia ter anotado.

Se Chae Yeong dissesse que não havia dado uma risadinha quando Shin disse que esquecera o que escreveu, ela estaria mentindo. E podia apostar que não havia sido a única a rir. Talvez aquela fosse a falha mortal do homem que amava: a memória fraca para qualquer coisa que não fosse importante aos seus olhos. Shin, simplesmente, não guardava. Mas ela o amava assim mesmo.

À medida que ele falava, sentia-se lutando contra as lágrimas, por que ele precisava ser tão bom? Por que amá-lo tinha de ser tão fácil? O ouviu com atenção, tentando memorizar cada palavra. Até que, por fim, era sua vez de falar. E, apertando a mão do mais velho, ela deu uma risadinha nervosa. — Eu nem anotei os meus.

Puxou o ar, determinada a não chorar, acariciando a mão de seu noivo, muito em breve marido, com todo o cuidado do mundo. — Fiquei com medo de fazer algo que fosse injusto com o que sinto por você. Pois a verdade é que eu não sei o que seria suficiente dizer. Alguma coisa dentro de mim se acendeu ao te ver naquela cafeteria e eu precisava tentar… não queria ser a esquisita, mas era boba demais para ter a coragem que tenho hoje. — deu um sorriso largo pro mais velho, apertando suavemente sua mão.

— Amar você me faz uma pessoa melhor. Me deu a coragem necessária para fazer coisas que nunca consegui fazer. Me deu força de vontade de mudar coisas que não me faziam bem. Porque estar com você traz o que há de melhor em mim, me faz querer ser digna do seu amor e me faz querer melhorar constantemente na esperança de que seja o suficiente para que esse amor continue a florescer. Mas eu não vou mentir, no dia da sorveteira pensei que se você fosse um chato, eu ia virar freira. — riu um pouco, levando uma das mãos para secar o rosto.

— Eu sabia que era você desde que você segurou a minha mão. Desde o nosso primeiro beijo. Porque eu sabia que não haveria outra pessoa no mundo que pudesse me tocar do mesmo jeito que você. E ainda não existe. O amor que sinto por você cresce a cada dia, como se fosse possível. Quero envelhecer com você, até a gente ficar de cabelos branquinhos igual aos meus avós. E, se você morrer primeiro, eu quero partir no segundo seguinte. — não havia, para ela, a necessidade de recitar os votos tradicionais, sabia que os cumpriria. Porque era o natural a se fazer. — Porque você é minha alma gêmea e agora que te encontrei, acho que o justo é que nossa vida seja longa, lado a lado, e que a morte seja gentil e não me permita viver na dor de não te ter ao meu lado. — fungou, beijando a mão do mais velho. Ainda que quisesse, na verdade, o beijar ali mesmo. Como costumavam fazer quando ninguém estava olhando.

Então, deixou que o juiz terminasse o que tinha a dizer, antes de assinar os papéis com Shin e as testemunhas. Estavam casados. E no momento em que Shin colocou a aliança em seu dedo, ela resmungou em tom de piada que estava feia agora. Com o rosto molhado. Rindo de si mesma ao perceber estar tremendo para colocar a aliança dele. Mas o amava. E não via a hora de poderem ficar um pouco a sós para que pudesse o encher com todos os beijos que queria.

Era fato que ela e Shin eram dois bobões emocionais e, talvez, por isso, haviam se conectado logo de cara. Ela sentia que, se almas gêmeas eram verdadeiras, ele era a sua. Não porque não brigavam ou eram perfeitos. Mas até mesmo seus defeitos e faltas os faziam florescer. E ela gostava daquilo. De como um era importante, e necessário, para o crescimento do outro.

Os lábios dele em seu pescoço lhe arrancaram um suspiro baixo e um sorrisinho. Ela já havia conseguido parar de chorar e seu rosto estava seco. Suas mãos repousaram sobre as dele enquanto o ouvia falar e o que ele dizia só tornava seu sorriso maior. — Eu acho que são seus olhos. — riu baixinho, fechando os olhos ao apertá-lo perto de si. Era ali que ela gostava de estar, nos braços do Aikyo. Fora natural ser envolvida por ele desde que acontecera pela primeira vez. — Você sempre foi bonito, mas acho que eu não imaginava que você fosse ficar tão mais bonito... tsc. — puxou delicadamente uma das mãos de Shin, beijando a palma com todo o cuidado do mundo.

— Mas agora você é meu... — brincou, beijando o dedo com a aliança. — E todo mundo sabe.