✧ we could just start at ten ✧

Jang Jin Hyun tinha certeza de que existiam bons restauradores no Japão, mas ele não se negaria a atender Hirawa Mirai. A modelo era... como um obra vinda dos céus. Ele tinha certeza de que perder aquela chance de se encontrar com ela em carne e osso faria dele o maior idiota de toda a Ásia. Por isso, quando suas mãos estavam firmes o suficiente ele tocou a campainha e esperou até que ela abrisse a porta.

Confirmou a ela quem ele era antes de entrar no apartamento, retirando os sapatos. Era ali que ela morava com o músico? — O prazer é todo meu, senhorita Hirawa — sua voz soou profunda, mais do que ele gostaria, quando a palavra prazer saiu de seus lábios. Tentou olhá-la da maneira mais discreta possível, conseguiria memorizá-la para pintar um quadro? Talvez fosse possível se ele olhasse bem seu rosto, pessoalmente, ela era ainda mais bonita.

— Onde está a obra que precisa que eu veja? — sua pergunta era simples, mas o olhar baixo estava, muito discretamente, nas pernas dela. A pele dela parecia macia, era, ao menos, brilhante. Ele precisou afastar a imagem mental em que a empurrava em cima de um dos móveis do apartamento e apertava suas coxas. Porque a verdade é que se a chance lhe fosse dada, não seria o namorado dela quem o impediria... — Tem mais alguém aqui para apontar o que deseja que seja feito na obra ou a senhorita está se responsabilizando sozinha?

Jin Hyun pediu licença para tirar a jaqueta de couro quando se aproximou da escultura o suficiente. Podia ver que o material estava bem gasto, o que a fazia pensar no quanto levaria para restaurar o todo... talvez duas semanas, contando tudo. Seus olhos se desviaram para a vista através do vidro, embora seus ouvidos fossem todos de Mirai, absorvendo tudo que ela dizia.

Ele se aproximou da mulher, pedindo licença, para olhar a imagem e, então, a obra. Estar perto de Mirai daquele jeito deixava sua garganta seca... ele queria saber se o gosto dela era tão bom quanto o cheiro e se sua pele era tão macia quanto ela era quente. Estava com a respiração pesada quando se inclinou para olhar a imagem mais atentamente, pediu licença outra vez, para que pudesse pegar o celular e aumentar o zoom da imagem.

Sua pele encostou na dela por um milésimo de segundo, mas foi o suficiente para que seus olhos desviassem de imediato para os dela e, depois, para seus lábios. Ele não faria nada... Hirawa Mirai era um mulher belíssima. E compromissada. Então, Jin Hyun apenas engoliu em seco pensando em como sua boca parecia macia. "Cacete", pensou consigo mesmo ao sentir o sangue fluindo para onde não devia. Estava de pau duro só com a proximidade. Precisava sair dali antes de fazer uma besteira, mas quem disse que seu corpo respondia?

— Pode... — sua voz sumiu ao olhar os olhos de Mirai e, então, tornar a olhar sua boca. Ele ia pedir água. Mas agora já não tinha certeza de que resolveria.

Autocontrole. Jinhyun não o tinha quando a japonesa colocou os braços ao seu redor. Ele pouco conseguiu se segurar para não soltar o aparelho telefônico no chão, mas o colocou no sofá - ainda que com alguma brutalidade - e apertou a cintura pequena da mais nova. Sua língua pediu que ela lhe permitisse sentir seu gosto e ele seria rápido, aproveitaria o que pudesse antes que o namorado dela aparecesse. A empurrou contra o vidro frio, sentindo o contraste de temperaturas.

Queria devorá-la e só podia pedir aos céus que ela lhe permitisse. A destra alcançou a coxa macia e seus dedos se afundaram na carne dela ao puxá-la para sua cintura, pressionando sua ereção exatamente entre as pernas dela em um pedido mudo para que ela lhe dissesse para parar. Um indício claro do que queria.

Sabia que era errado, não era nenhum santo e estava bem longe de ser enquanto a canhota subia pelas costelas da Hirawa e seu polegar rodeava seu seio por baixo ao passos que seus lábios investiam contra os dela com todo o desejo reprimido de todas as fantasias sexuais que já havia tido com a modelo. Nunca, em um milhão de anos, ele esperaria poder tocá-la daquele jeito, mas ela só precisava pedir. E ele pararia.

A mão na coxa macia migrou até a nádega da japonesa, onde ele a encheu com gosto, sem se importar com a limitação da calcinha, apertando-a com nenhuma cerimônia ao senti-la firmemente contra seu corpo. Ele a ajeitou, de modo que pudesse tirar os braços delicados de seu pescoço, separando os lábios dos dela para poder sentir seu perfume.

Beijou o pescoço vulnerável, sentindo o calor contra seus lábios enquanto suas mãos ocupavam-se em descer o tecido do vestido pelos braços da modelo, ela era mis bonita do que a arte que ele havia ido analisar.

Se afastou para olhá-la, segurando com nada além da força de suas pernas e quadril para prensá-la contra o vidro sem nenhuma sutileza. A beleza da cidade era ínfima comparada à beleza de Hirawa Mirai e ao calor de sua pele. Ela era suave como uma pétala e Jin Hyun se sentia errado, ainda que não parasse agir. Alisou o seio dela com a mão, firmando-a pelas nádegas ao passar a descer com os lábios, enchendo seus ombros com beijos até trilhar um caminho por seu colo.

Dali, rodeou com uma carícia o peito esquerdo da garota, os lábios e a ponta do nariz roçando a pele delicada como uma pena antes que sua língua rodeasse o mamilo dela e ele abocanhasse seu seio. Seus dedos enrolaram-se no tecido da calcinha de Mirai, que ele fez questão de puxar para baixo até onde o espaço lhe permitia, os dedos alcançando a boceta da modelo sem nenhuma cerimônia.

Ele se divertia entre assisti-la e prová-la.

Os lábios soltaram seu seios e ele calmamente a fez soltar sua cintura para conseguir tirar o restante do tecido e sua calcinha. Queria vê-la completamente nua e, por isso, não hesitou a ficar de joelhos na sua frente ao conseguir o que tanto queria, tirando um momento para apreciar o corpo magro e de aspecto frágil. Ele tinha a sensação de que Mirai era uma das estátuas de mármore esculpida pelos renascentistas. Mas ela era de carne e osso, muito real para que ele não a cobiçasse como a raridade que era.

Beijou os joelhos da japonesa, suas mãos apoiadas no vidro ao redor dela, beijando suas pernas em direção ao espaço entre suas pernas, mas assim que se aproximou, pulou para sua barriga, beijando logo abaixo de seu umbigo, sugando a pele do local com delicadeza para não lhe deixar nenhuma marca.

Esperou que ela abrisse um pouco as pernas ao beijar seu monte de vênus e correr o nariz em direção à sua virilha, correndo com a língua pela articulação até deixar um beijo gentil sobre seus lábios ao puxar a perna esquerda da Hirawa para cima de seu ombro.

Correu a língua por entre os lábios macios, sentindo o gosto dela com um prazer tão intenso que lhe arrancou um gemido, mas não demorou muito a começar a chupá-la de forma vigorosa, intercalando com massagens firmes em seu clitóris usando a própria língua.

Queria que ela viesse em sua boca, mas para isso tinha de mantê-la segura e foi por isso que puxou a outra perna da Hirawa para seu ombro, subindo as mãos para suas costelas, os polegares rodeando seus mamilos. Queria tudo que pudesse ter, até Mirai o mandar embora.

Jin Hyun esperou que o corpo de Mirai se acalmasse, antes de deslizá-la até a colocar sobre seu colo, tirou a camisa puxando o corpo pequeno para o seu, beijando seus ombros ao deitá-la no chão. Segurou o próprio peso ao ficar sobre ela, beijando cada parte de pele que podia alcançar até ter se livrado da própria calça e cueca.

Olhou-a nos olhos, deslizando a glande por entre os lábios da mais nova, ensaiando penetrá-la. A beijou com desejo, puxando uma das pernas dela para sua cintura enquanto a penetrava pouco a pouco. A queria. O calor e a umidade do corpo da Hirawa eram demais para ele.

Se enterrou por completo no corpo dela, passando a se mover devagar assim que teve certeza de que ela estava confortável. Ergueu o quadril da japonesa, movendo-se para tentar atingir todos os pontos certos. Estava olhando-a nos olhos enquanto se movia dentro dela, indo e vindo tentando se aliviar enquanto se esforçava para dar prazer a ela.

Beijou delicadamente o pescoço e os ombros dela, sentindo seu cheiro e a textura macia de sua pele com empolgação. Nunca, nem em seus sonhos mais loucos, se imaginara capaz de transar com ela.

Não conseguia desviar os olhos de Mirai e de como seu corpo respondia enquanto se via cada vez mais investido em fazê-la ter um novo orgasmo, estava sobre os joelhos, as mãos firmes ao redor do quadril da modelo enquanto investia com certa força, olhando seu rosto atentamente.

Podia sentir o próprio orgasmo se aproximar, não pensando racionalmente no que estava prestes a acontecer se continuasse a investir o quadril contra o dela daquele modo. Segurou seu braço, beijando delicadamente seu punho e a palma de sua mão, mordiscando a pele sensível de seu antebraço, olhando-a por entre os cílios.

Dirigiu o polegar da mão livre para o clitóris da japonesa, o estimulando com movimentos firmes e constantes, gemendo baixo com a umidade da garota. Podia sentir o próprio gozo saindo aos poucos enquanto não se preocupava em parar com as investidas contra o corpo dela, mantendo-a completamente aberta em sua frente, olhando-a com uma adoração quase divina.

Ouvir seu nome soando dos lábios de Mirai era como ouvir uma melodia celestial. Jin Hyun não se cansaria de ouvi-la chamar por ele. Estava certo de que nunca se lembraria de que ela namorava se continuasse ali, sozinho com ela. O fato é de que naquele momento, ele havia se esquecido.

Tudo que demorou para se recuperar do próprio orgasmo foi esquecido no segundo em que voltou a beijá-la. Quaisquer outros compromissos ou pessoas não estavam em sua cabeça no momento em que ele se ocupou de levar Mirai para o sofá, pronto para transar com ela de novo. Suas mãos tentavam memorizar a textura e o calor de sua pele, enquanto o gosto dela ficava gravado em sua memória a cada novo beijo.

O tempo se tornava distorcido a medida em que ele apenas cuidava de mudar a posição ou o local onde transavam. Ele se sentia delirando na maior parte do tempo. Tudo parecia pouco real, mais como um sonho ou alucinação do que qualquer outra coisa. Seu corpo estava suado enquanto ele mantinha Mirai sentada sobre o balcão da cozinha, movimentando-se de forma vigorosa com as mãos apoiadas no armário acima da cabeça dela, seus olhos fixos nos da japonesa enquanto sentia-se mais perto de gozar outra vez.

Tinha perdido as contas, sabia que tudo era mais um borrão do que uma lembrança fixa e propriamente dita. Mas era uma chance em um milhão e ele não queria perdê-la por qualquer besteira. Talvez por isso não estivesse atento aos arredores já que a únicas coisas que conseguia ouvir eram: 1) os gemidos de Mirai, 2) sua respiração, 3) seus próprios gemidos e respiração, 4) o barulho úmido de seu corpo se chocando contra o dela. Todo o resto era irrelevante. E ele gostava daquilo.

Jin Hyun não saberia dizer como seu cérebro processou o que estava acontecendo. Em um momento ele estava completamente atento em Mirai e apenas nela. No seguinte, estava fora dela, cobrindo-se com as mãos para olhar o namorado dela. Ele era pequeno e magricela. O Jang poderia bater nele se fosse o caso. O pensamento, no entanto, não demorou muito a sumir e Jin Hyun se sentiu mal.

Acabou olhando do homem para Mirai e pediu licença, passando o mais rápido possível para a sala, onde se vestiu e pegou as próprias coisas. Ele devia falar alguma coisa? Talvez. Mas o que deveria falar? Porra. Nada. Não tinha o que dizer. Se desculpou, apenas, com ambos, e saiu do apartamento ainda sem os sapatos mesmo.

Chamou o elevador e só quando estava lá dentro que tomou um tempo para pensar no que fazer. A verdade, é que ele não sabia o que fazer. Nem o que falar. Ou sentir. Estava... fodido? Deveria fazer a restauração ainda? Cacete. O que faria? Sua cabeça o deixaria maluco. E ele não sabia o que sentir de fato.